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Onde está Deus, que não o vemos?

Muitos de nós só acreditamos no que vemos. Precisamos visualizar, apalpar, mensurar, tocar. Só assim damos algo como participante do plano da existência. Mas e Deus? Não conheço ninguém do meu ciclo de amizade que tenha visualizado Sua figura, ou tocado tatilmente Nele, ou tirado um self com Ele. Então, se ninguém viu, Deus existe? Bom, espero que sim. Para nosso próprio bem! O mundo já é difícil demais! Não poderíamos sobreviver sozinhos, por nossa própria conta. Precisamos de Deus! Precisamos que Ele exista!

Então tá. Mas, se Ele existe mesmo, onde está Deus, que não o vemos? Na minha humilde opinião, de um cara pecador, pouco religioso, cheio de defeitos e apaixonado demais pelas coisas mundanas, Deus está em cada um de nós! Mesmo em mim, modéstia à parte! Deus está em nós quando somos geniais, quando somos bons em algo, quando somos atraentes, quando vibramos coisas boas, quando nos superamos! Deus está presente na genialidade humana, em todos os tempos em que esta existiu, na arte, na música e na literatura. Deus foi Van Gogh quando pintou a Noite Estrelada em um hospital psiquiátrico de Saint-Rémy-de-Provence. Deus foi Gabriel García ao escrever Cem Anos de Solidão e foi até Saramago, apesar do ateísmo, ao escrever o maravilhoso Evangelho Segundo Jesus Cristo. Deus foi o Led Zeppelin ao fazer nascer Stairway to Heaven. Deus foi Michelangelo. Deus foi Charles Schulz em cada dia dos 50 anos em que escreveu as tirinhas diárias do Charlie Brown. Deus também foi Anthony Hopkins em Silêncio dos Inocentes e Meryl Streep sempre que ela esteve por trás de uma câmera. Deus foi Pelé, quando deu o histórico drible de corpo no goleiro uruguaio na Copa do Mundo de 1970, o que é considerado uma das jogadas mais bonitas e mais lembradas de todas as Copas do Mundo. Deus foi Ayrton Senna cada vez que a chuva caía e ele flutuava com seu carro na pista, como se não houvesse leis físicas a serem obedecidas. Deus foi até Jack Nicholson no terrível personagem de Jack Torrance, quando este aparece com o rosto em uma porta semidestruída procurando por sua mulher e gritando “HERE’S JOHNNY”. Deus também foi um Extraterrestre, quando este e seu amigo Elliot voam de bicicleta pela lua.

Eu poderia prosseguir para sempre com exemplos da minha cabeça, mas vou deixar aqui o espaço para que cada qual que estiver lendo esta crônica coloque suas próprias concepções sobre a presença de Deus. O que eu quero dizer, em suma, é que Deus, em algum momento, foi vários de nós, seres imperfeitos. Deus é cada um de nós, quando damos o nosso melhor e fazemos o melhor que podemos!

Sérgio Idelano

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